domingo, 25 de novembro de 2007

Por que no me callo?

A semana da ressaca moral.
A semana da paz de espírito.
A semana de la reina.

Viva la cubana libre!

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

penso, logo desisto.


Ele deu um último trago no cigarro amassado e atirou a bituca nos trilhos. O trem passou por cima, mas a brasa continuou lá, acesa. "De nada adianta a minha vontade", pensou.
Entrou no vagão e sentou-se ao lado de um "mano" que exalava álcool.
O trem ia mais devagar do que de costume. Pensou no dia que teve. O pior do mês até então.
Viu a bateria do celular se apagando. "Dane-se, ninguém iria ligar". Deixou-se hipnotizar pelas imagens escuras passando pela janela.
Desceu do vagão e ao por os pés no chão constatou: "Estação errada...". Não deu nem mais um passo. As pessoas esbarravam nele. Ele não se moveu. Virou estátua na beira da plataforma.
Olhou para o mostrador que indicava que o trem seguinte chegaria em 4 minutos. "Dá tempo pra mais um cigarro", pensou inerte. E teve tempo para pensar. E pensou em tudo que já não tinha mais. E nas paisagens que suas mão já não alcançavam. E pensou na solidão, a única companhia.
Até que a luz do farol do próximo trem acordou seus pensamentos. "... ". Não pensou em mais nada. E deu um passo para trás.



Baseado em uma história real.



domingo, 7 de outubro de 2007

take me to the place I came from

I'm in the zoo

Sim, tô exilada na Zooropa.
Se sair não entro, se ficar enlouqueço.
A verdade é que me sinto em Cuba. E antes que surja a dúvida, não, não estou ilegal. É todo um processo burrocrático que não vale ser contado. O fato é que estou presa aqui devido à incapacidade neurológica alheia.
Um bicho na jaula, correndo de um lado para outro, se jogando contra a grade, sem comer nem dormir, com feridas ex e internas, sangrando no cimento, observado por seres apáticos.
Pondere: eu, sem liberdade de ir e vir, por culpa de outrem = vulcãozinho iniciando atividade, um cataclismo natural.
Isso não vai acabar bem. Ao menos não como eles gostaríam.

tô com ânsia

Algo aqui no peito, que não passava há muito, e eu sem saber...
TPM? Não. Precisando de sexo? Não. Inferno astral, um cigarro, um baseado, um porre? Nããão.
E nada de passar.
Trabalhei demais, respondi emails demais, cruzei o oceano 4 vezes. Nada.
Procurei dentro, fora, na TV, no iPod, em doces e balas de goma, em bocas finas e costas largas. Nada.
E aí, com meus dedinhos limpos e agitados, e as unhas por fazer, percebi que o que eu precisava... era escrever.

Catarse, pequena A, catarse.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

eu odeio, eu odeio

e estou parecendo aquele Smurf. Com o qual sempre me identifiquei pelo "bom" humor.

Mas o que eu odeio mesmo é a Smurfete! A Smurfética foi a primeira Patricinha com a qual eu tive contato. A que sempre se dá bem através de seus longos cílios piscantes...

Odeio Patricinhas, eu odeio, eu odeio.

eu odeio quem faz pum enquanto dorme


A cena é grotesca. Eu sei. Mas a referência, claro, não é literal.

É que eu odeio aquela falsa inocência de quem se caga todo e diz "ai desculpa, não foi por querer", ou "eu não fiz pra te magoar".

Ai caralho, que fique claro: se é algo que poderia ter sido evitado, então tem culpa sim!

Uma coisa é atirar a queima roupa e a outra é fechar os olhos e sair atirando. E enfim, as duas formas são mortais.

Bang. My baby shot me down. Pum.


eu odeio o vento

O vento é a constatação que nada ficará como está.
É a negação da estabilidade, o cabelo despenteado, a poeira nos olhos.
A folha correndo, perdida no asfalto. A página virada.
O vento é tudo que não preciso agora.
Odeio o vento.
Odeio o vento.

Amo quando está ventando.

a ressaca moral


Você se esqueceu do dia em que disse "eu nunca mais vou beber assim" e enfiou a cara no copo.
E hoje não consegue tirar a cara do travesseiro, numa súplica sem som: "Por favor colchão, me absorva! E me cuspa de volta quando tudo isso tiver passado.

Fora a memória física do acontecido, a.k.a. fígado (ou aquele que não nos deixa esquecer que os limites foram ultrapassados com veemência) aos poucos a mente começa a despejar suas toneladas de culpa para o consicente.

Falou o que não podia, beijou quem não queria ou comeu o que (ou quem) não devia?
Deu em cima daquele amigo, enrolou a língua na hora de discursar, pagou mico e saiu com fama de ridícula?

Bom, faça igual à Amy, que depois de uma dessa, c*, anda, e ainda vira popstar :
http://www.youtube.com/watch?v=2vfdl7-E80Q


Só pra lembrar: a ressaca moral ocorre com e mesmo sem ingestão de álcool.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

sabedoria...

"Saia do meu caminho filho.
Você está gastando meu oxigênio."

(Jack Nicholson em 'Um estranho no ninho", 1975)


"Sometimes the road ahead is paved with anything but good intentions".

Minha versão:
"Sometimes the road ahead is paved with nothing but good intentions".


segunda-feira, 9 de julho de 2007


_"Ah que dia lindo! Acho que hoje vou quebrar seu coração." Não pensou ele, pela manhã, ao acordar acompanhado.
E quebrou mesmo assim.


domingo, 1 de julho de 2007

consoantes

Fui a um bar GLS. Que era muito mais L do que qualquer outra letra do alfabeto. Bem divertido.
Só que minha praia é pinto. Hetero sapiens.
E bom é que lá, além dos GLésses havia também homens com 'H'. Ah sim, e havia também 'h'omenzinhos jogando seus pequenos agás pra tentar nos comer. Nós, qualquer uma da raça mulher. Sim, porque comer lésbica é o sonho de auto-afirmação desses Babacas: "sou foda! eu converti!". Assholes!
Mas voltando aos 'H'omens, os que estão lá pra se divertirem. Que têm certeza de sua sexualidade e levam seu lado feminino pra passear com seus amigos gays. Que passam lápis no olho e ficam lindos. Que dançam qualquer música. Que nos tocam com força. A esses sim devemos dar com Vontade.

Foi bem divertido.
E adoro as eLes. Elas me dão sensação de autonomia. Elas não dependem mais dEles pra nada. Se emanciparam. Minhas ídalas!!
Duas são minhas melhores amigas. E olha que amigas, Amigas Mesmo, tenho poucas. Posso contar em uma mão. Uma mão de Lula.

Beem Divertido.
Ebony, Ivory e todo o arco-íris convivendo em perfect harmony!

terça-feira, 26 de junho de 2007

O valor do inestimável


O Santo Grão está vendendo um tipo de café a 20 reais.
Os grãos são extraídos na Indonésia das fezes de um mamífero similar a um gato.

A poucos metros dali, na mesma Oscar Freire, um morador de rua, sentado no balcão de uma lanchonete (onde o café custa 0,80 de real), ao saber da iguaria, ignora o processo de fabricação e comenta: “Não faz sentido um café tão caro. Afinal a maior parte do conteúdo é água, né?”.

Santa sapiência.



Fonte (de inspiração): Carta Capital, 20/06/07

teoria da massa de bolo


eu adoro poder mudar de opinião.

afinal, de que adianta ser assim, se não pode ser assado.


segunda-feira, 25 de junho de 2007

banho de gata

Eu odeio tomar banho!
E que fique claro antes de eufemisticamente me chamarem de francesinha imunda: eu adoro a sensação de limpinha que o banho me dá. O que odeio mesmo é o processo. Todo ele.
Eu até tenho um dedinho hippie, mas só na alma.
Explico-me:
Inverno. Na maioria das vezes tomo banho de manhã. Já é um parto sair da cama e pensar em tirar a roupa toda. Aí, eu ligo o chuveiro e politicamente incorretíssima, na contramão de toda onda SPFW, deixo a água fervendo cair... para esquentar o azulejo =) na esperança de acumular um pouco de coragem antes de me enfiar lá embaixo. Ready, steady, fui!
Fico em choque. Uns vários minutos tentando acertar a temperatura. E o ombro esfria, e as costas gelam, e a bunda congela. Ai sufoco!
Passada a aclimatação, shampoo. Repassa. Condicionador. Pausa para efeito. Repassa. Fase 1 completed.
Mas ainda não chegamos à metade. Porque tem a hora dos saboneteS.
Sim, o primeiro pro rosto, costas, peito. O segundo, líquido e específico (aquele, do PH). O terceiro para resto do corpo, com exceção dos pés, que exigem um quarto, esfoliante.
Finda a parte úmida, abre-se o box, a janela e mente para o ar gelado que adentra o recinto.
A parte mecânica: tira cabelo da parede, põe chinelo, penteia o cabelo, seca o cabelo, desodorante, e a saga dos hidratantes se inicia. 11 diferentes, ocean's eleven: 1. olhos, 2. boca, 3. rosto (com FPS), 4. pescoço e colo, 5. seios (óleo), 6. seios (creme), 7. barriga, 8. braços e pernas, 9. pés, 10. mãos, 11. cabelo.
Quando toda essa besuntação termina, estou liberada pra me trocar e sair.

E pronto, lá se foi 1 hora mal gasta do meu dia. No mínimo.
Ou seja, tomar banho é perda de tempo. Desde pequena eu queria inventar essa pílula. Do banho. Não consegui. Confesso, tentei pouco. E sobrevivo. Xingando com veemência minha rotina diária. Ou quase ; )

Sugestões para otimização? Aceito.

ERRATA: o homem que enlouquece as mulheres. (?)


Depois de críticas, retaliações, e de tentarem me pegar de porrada na esquina, gostaria de me fazer entender melhor.
Se ainda assim restarem dúvidas ou descontentamentos, pobrema dos senhores. E podem vir quente que eu já fiz boxe e tae kwon do.

Assumo sem dó, eu disse SIM que os homens são isentos de culpa quando enlouquecemos.
Porque eles não nos deixam loucas. Loucas já somos.
E é nossa culpa quando perdemos o controle. É nossa culpa quando deixamos que outra pessoa detone nosso equilíbrio. É nossa culpa nos sujeitarmos. E é falta de amor próprio doarmos nossa estabilidade emocional para o primeiro rabo-de-calça que aparece em nossas vidas!
(Ai, ai. Dói ouvir, eu sei. Supere. Domine-se.)

E por fim, o que é culpa deles (SIM, eles também têm):
. A insistência em ser fósforo enquanto somos pólvora pura (é só ler o rótulo: “não chacoalhe, sou nitroglicerina!”).
. O sadismo que têm quando nos percebem frágeis.

. A criação de um conto-de-fadas, no qual, vestidos de príncepe encantado, nos fazem acreditar que virão nos resgatar.
. A persistência em testar nosso (baixo) limite.
. O costume cômodo de se sentirem grandes quando nos fazem pequenas.
. O egoísmo quase inconsciente ao agirem inconseqüentes (pra depois darem play na mensagem padrão: “eu nunca tive a intenção de te magoar...”). Dããã. Poderiam ter evitado.
Homens, só pra constar, sua cabeça está em cima. Pensem com ela.
Por favor, nos façam esse favor.


Desde já, obrigada pela atenção.


quarta-feira, 20 de junho de 2007

Midas

ele me toca e meu coração dispara.
e ficará disparado por dias, o bobo.

"Open up your eyes
Then you'll realize
Here I stand with my
Everlasting love"

Hi-Lo

Two jumps in a week, I bet you think that's pretty clever don't you boy.
(...) You'd kill yourself for recognition, kill yourself to never ever stop.
You broke another mirror, you're turning into something you are not.
Don't leave me high, don't leave me dry.



eu sou do tipo
que não liga no dia seguinte.


terça-feira, 19 de junho de 2007

aprendizado "frase-de-caminhão"

se um dia você tiver dúvida de como agir, siga seus instintos.
é melhor ser julgado pelo que se é, do que pelo que se tenta ser.

o homem que enlouquece as mulheres. (?)

Eu conheço um cara assim. Que deixa as mulheres loucas. No mal sentido.
Mesmo, loucas: uma tenta se matar, a outra liga 90 vezes em 2 horas (perceba, não é uma hipérbole) e outra passa um ano em uma clínica de repouso.
Essas são das que sei. Fora aquelas que ele não me contou, mas que devem existir. Ah devem (ou não mais pois tentaram o suicídio e conseguiram).
Bom, o fato é que quem bebe dessa fonte, surta.

Aí, a pergunta: como ele faz isso?
Não sei se ele já racionalizou sobre (também porque não deve ser nada propositado).

Claro que there's something about him, or about the kind of woman he attracts or even the women that attract him. Seriam todos predispostos à insanidade? May be. Somos todos um pouco.
Mas endoidecer alguém não é um dom (atrair ensandecidos sim).
Porque na verdade, o cara é só o "meio", um mero agente. Deflagrador do caos, ele é o estopim de um processo já em andamento.
O importante é saber a origem da pólvora. I mean, sabendo a causa, poderíamos ter a vacina.

E assim, a pólvora:
O fato é que a comunicação entre Marte e Vênus sempre foi analógica, cheia de telefones-sem-fio. E mesmo sem intermediários, o que é dito não é o que se entende.
Mulheres são imaginativas, fantasiam, fertilizam, ampliam. Se querem ouvir "A", e o male diz "B", elas, autisticamente, entendem "BAAAAAA" (e o residual é só o AAAAAA).
E o homem, na ânsia heróica de salvar a princesa dos demônios (e course, comê-la no final) mete o pé pelas mãos, mete outras coisas também, e quando ela está lá, em seus braços, ele não sabe o que fazer e a joga no chão. Depois pede perdão. Depois tenta dizer "seria melhor se fossemos só amigos". E gagueja. E ela só entendendo o AAAAAAAAAAA. E no meio do abalo sísmico eles transam de novo. Aí fodeu.

Eles amam ar-condicionado. Nós não suportamos choque-térmico. Um dia querido e quente, no outro distante e gélido. "If u wanna warm me up, be the hottest guy I've ever met", mas se vai esfriar, que seja crioterapia nitrogenada. E jamais descongele. A variação climática mata a mulher.

Nascemos com DNA de Exupéry. Pequenas princesas que uma vez cativadas devem se cultivadas. E aí, a indignação na célebre frase "como VOCÊ pode fazer isso comigo?!!".
Plaft! Acordemos para a vida, queridas! As Simones de Beauvoir que me perdoem, mas Freud tinha lá suas razões sobre o "hyster". Nós e nossos úteros eufóricos, a beira de ataques de nervos. A histeria fisica esperando pela combustão. Resumindo: não provoquem. É cor-de-rosa-choque-elétrico.
É isso: sexo oposto, se não querem banana, não mexam no cacho.

Sim, mulheres, devemos idealizar menos, educar os ouvidos à literalidade masculina (wake up, if he didn't call, he's not in to u!) "Use your mentality, wake up to reality". Menos ficção, mais auto-estima.
E queridooos men, pensem duas vezes antes de se renderem ao desejo momentâneo. Atos têm conseqüências (e uma ação igual em sentido contrário). A dor-de-cabeça pode ser coletiva. E quando quiserem dizer algo, realmente digam e certifiquem-se que está compreendido por ambos. Combinados não saem caro (só os de sushi e sashimi).

PS: E quanto àquele que enlouquece, eu o absolvo, my dear.

Enfim, não há culpados. Apenas diferenças de expectativas.

sábado, 16 de junho de 2007

yellow submarine


well, well, spfw, me montei e fui pra festinha dos mudééérnus na Bienal.
ok, ok, propostas indecentes aparecem e planos mudam.
"karaokê na liberdade. só nosso grupinho..."
ok then, fui.

cheguei na suposta salinha privê, agora salão de festas, com 4 fileiras de chineses, coreanos e japoneses a escolher. de tudo quanto é qualidade (homem, mulher, magro, gordo, velho, novo, baixo, baixo. rarara).
oh my. gimme saquê.

uma imersão oriental. o submarino amarelo. e eles t-ooo-d-o-s cantam. dialetos que não compreendo. e rio atrás de ombros alheios.
me scarificaram com guimba de cigarro.
oh my. saquê. gimme more.

e a japa Spears arrasa na Madonna: "Feriado! Comemore!".

"o poder que nos levanta a força que nos faz cair". saquê.
gimme, gimme.

uma argentina com cara de Hugh Grant fuma non stop.
e todo mundo fuma. e eu bebo.

saquê. gimme all!

e o tiozinho ufanista: "Tela. Planeta ááááguaaaa. Telaaa."
quando dou por mim, tô rebolando ao som de Ivete Sangalo.
"in coma, I know, I know".
and ghhhimmmme, ghhhhhhhh


e percebi que 'se render' às vezes pode ser divertido.


quinta-feira, 14 de junho de 2007

minha cachorra está roncando.
e eu não consigo dormir.

who knows...

Eu só queria que você soubesse
o quanto me faz feliz uma frase sua,
mesmo que cuspida aleatoriamente.
Uma frase bem dita. Bendita.

Eu só queria que você soubesse
que se soubesse o quanto me faz bem com pouco,
ficaria comigo pra sempre,
só pelo prazer de ser uma pessoa útil,
pela facilidade que tens em fazer alguém feliz.

Mas não te quero assim por caridade,
e por isso você não sabe,
e talvez nunca saiba,
que eu queria que você soubesse.

terça-feira, 12 de junho de 2007

BREAK MY HEART!

quebre meu coração como vc fazia com a bala de menta no cinema,
e jogue-o pela janela como fazia com o papel dessa bala.
quebre meu coração como já quebraram o seu.
quebre para repor as figurinhas do álbum incompleto.
faça-o para confirmar que 'eu estava certa'.
amasse meus sentimentos, como o papel daquele desenho que ficou feio.

tire de mim o meu melhor, como daquele sorvete de groselha que pintava a sua língua,
e me jogue fora como o gelo desbotado que sobrava no palito.
e escorrerei pelos seus dedos, grudando em sua pele, manchando a camiseta branca e o canto de sua boca.
e quando vc crescer achará que era só água suja com corante,
mas se lembrará com ternura,
porque nenhum picolé italiano trará de volta o gosto da infância.
e no fim da sua ignorância pueril, perceberás que tal sabor existia mesmo só naquele momento.

e será tarde demais,
pois já terei derretido.


I think that you are not thinking about me.


e enquanto isso, na cozinha:

A: "Pica pra mim em quadrados pequenininhos..."
O: "Você quer dizer cubinhos, né?"
A: "... Hum, você tem razão. Porque cubos são quadrados, mas quadrados não são cubos."


sábado, 26 de maio de 2007

nossos ídolos ainda são os mesmos



http://www.punknews.org/printstory/23803
http://thedailyswarm.com/swarm/exclusive-dr-martens-saatchi-youre-fired/

i carry your heart with me (i carry it in my heart)
i am never without it (anywhere i go you go, my dear;
and whatever is done by only me is your doing, my darling)
i fear no fate (for you are my fate, my sweet)
i want no world (for beautiful you are my world, my true)
and it's you are whatever a moon has always meant
and whatever a sun will always sing is you
here is the deepest secret nobody knows
(here is the root of the root and the bud of the bud
and the sky of the sky of a tree called life;
which growshigher than the soul can hope or mind can hide)
and this is the wonder that's keeping the stars apart
i carry your heart (i carry it in my heart)

ee cummings

(only) in God we trust.

confiança é um vaso de cristal Baccarat.
uma vez derrubado da estante, nunca mais será o mesmo.
podem colá-lo e botá-lo lá de novo para apreciação.
mas ele sempre será frágil. e mal remendado.
e ficaremos esperando pelo dia em que ele cairá de novo.
até que os cacos, de tão pequenos, não possam mais ser colados.

terça-feira, 22 de maio de 2007

Fraldas e relações descartáveis. Macarrão e amores instantâneos.

é, tem gente que não sabe se apegar. que não sabe construir. que sabota tudo ao menor sinal da raiz.
é, porque fraldas de pano cheiram mal, dão trabalho. e fazer o molho e a massa demora, é pouco prático.
me irritam!
pra esses, se tudo tá bem, então tá mal.
amor é desvinculado de paixão.
a paixão motiva, inspira. o amora demanda, suga.
tem gente que só produz com conflito na veia.
a esses, meus pêsames. hei-los covardes, fugindo do desafio de surfar no mar sem ondas.
comodistas! com adrenalina é fácil. o core bate no automático.
agem assim porque precisam sofrer. ah, mas se sofressem sozinhos eu os perdoava. só que levam junto seus objetos de sentimento. mas esquecem-se de que só eles tem necessidade da dor.
a estabilidade os incomoda pois só crescem no conflito. aliás, só crescem sobre os destroços das estruturas alheias.
terão sempre nada. nem histórico. porque a vida fácil é mais fácil.

ah, doces tolos. maquiavélicos sádicos... pobres mortais.

e, por fim, que sejam felizes. a base de fast food.


lettuce ambition

quero ficar vegetando no sofá.
zumbizando no computador.
prostração de THC perene.
coma. torpor. letargia. inércia. paralisia.

me tirem desse transe quando valer a pena piscar.
agradecida.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

de hippie a hype

funny how things change.
a moça era pequena, rude, quase agreste. aceitava dividir o marido por alguns avos de amor.
usava os cabelos e a saia longos. usava tranças.
fizeram o teto de sapé, as paredes coloridas, uma sala de meditação e um forno de pão.
ela foi para a índia e ele pra bali. ele ficou por lá.

sozinha, secou, endureceu.
morreu, ressurgiu.

hoje usa óculos e o cabelo solto.
fuma escondido, não quer mais saber de marido, namora um californiano.
quer pintar a casa de branco,
e, engraçado, voltou a fazer planos.
...


conforta-me com jujubas

me dê atenção, uma mordida atrás do pescoço e as maçãs que você colheu.
beije meus cílios, esquente meus pés, me dedique uma música.
assista meu filme, sorria de repente.
me elogie de graça, me olhe de longe,
não minta pra mim.
faça isso sem eu pedir e me fará feliz.

let's go to...


sex,
finally.


sexta-feira, 18 de maio de 2007

currículo etílico


Eu bebo sim.
e estou morrendo. um pouco a cada dia.

Não me lembro da primeira gota, mas é de pequenina que se torce a garrafa de vinho!
final de semana, família italiana... pentelhinha hiperativa no sabadão meio da tarde, querendo saber a todo custo "o que vocês tão bebendo? eu quero!".
e assim, uniram o útil ao agradável, a sede com a vontade de beber, e com uns 5 anos eu já tomava sangria (tinto + água + açúcar). grazie avô fofo! e dormia a tarde toda para a felicidade da famiglia!
aos poucos os convenci de que tinha que ser puro. que a sangria era aguada. e que aguado eu não tomava! (eee, vinho + açúcar). "ehrrr, muito doce! não quero!" (eee, vinho "cowboy").

Aos 12 anos tomei meu primeiro porre. De licor de menta. E tomei a primeira ressacada na testa. De doer o crânio.
Jurei que bebida doce nunca mais! 'Eu sou é mucho macha!' E aos 14 ficava de pileque com whisky. Aos 15 com vodka. Com 16 beijava bocas de cerveja e me apetecia o gosto. Cheguei a competir e ganhar de um boy, tomando 12 latinhas numa sentada. Na minha primeira festa com Uncle Sam, o porre de BUD ('Wuz doooown'). Fuck the blondies!

Com 18 e um namorado mais velho, fui pros vinhos. Os brancos. Os espumantes.
Mas como enough is nothing, viva o Gin Tônica!

Voltei ao whisky. Em doses diárias. E com outro namorado, conseguia matar uma garrafa fácil.
E me joguei na noite entre sex on the beaches, jelly shots, flash power com whisky, com vodka, flash power com qualquer etanol.

A.A.h fígado infeliz!

E mais um namorado veio. E me convenceu a perdoar a cerveja. Uma heresia e um pack por dia.
+ Clicquot no churrasco, Clicquot na beira do rio. E uma garrafa de vinho francês à noite pra curar a insônia.

Esses namorados e a influência alcoólica...
Colapso hepático! Fermentei. Parei. E na abstinência me emancipei.

Hoje só bebo o que gosto. Tinto e caipirinha-de-qualquer-coisa. E mojitos, que conheci e consumi vorazmente nas duas idas à Cuba (e benditos comunistas, eles nunca me deram ressaca, por mais que eu me esforçasse hard!).

E agora bebo sem pressa.
Porque o alcoól estará sempre lá, cumulativo. Esperando para me esfaquear pelas costas, com um golpe certeiro no fígado, que se intoxica lentamente, até o dia em que, bem velhinha, morrerei ao comer um bombom de rum.



gladly
.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

you better kiss me

cos you're gonna miss me when I'm gone.

.
,

turning back time

hoje voltei à minha faculdade. depois de muito, muito tempo.
eu precisava de um documento e fui.
me senti em um sonho. que durou menos de meia hora.
em um cenário distante.
sabe quando a gente cresce e depois quando volta pra algum lugar da infância diz: "parecia tudo tão maior... "
e parecia.
antes de ir embora, olhei pra Belas Artes do outro lado da rua e expirei. "aqui não é mais o meu lugar". e entrei no túnel de volta.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

eu por Ella


Ella acordou bem. Com sentimento de dever cumprido. O ensaiado encontro tinha acontecido afinal. Na noite anterior. Após meses e meses de espera, dias e dias de preparação mental, horas e horas de ansiedade e 15 minutos para trocar de roupa e se maquiar.

O lugar perfeito, o friozinho da noite, o pouquinho do álcool, muita conversa inútil, uma carona pra casa e enfim o tão esperado beijo.

A rua escura, o carro parado, a hora do goodbye. O momento the end chegando e a dúvida nos olhos dos dois. “Então tá, a gente se fala...” e os rostos se aproximam para o beijinho-de-boa-noite. “Saco”, pensa Ella, “mais uma vez morreremos nessa praia sem ondas.”... e acontece o tal beijinho-no-rosto. Junto com um forte abraço. Só que na hora do fim, as faces não se descolam. Um momento de inércia. E ela: “não acaba, não acaba, não agora. me deixa aqui, que eu fico quietinha sentindo o teu cheiro” enquanto ele se afasta, quase constrangido.
Ela encara aqueles olhos que fulminam “me beija vagabundo! Ainda há tempo!”. E ele sorri aquele sorriso indefectível enquanto se ajeita destravando a porta. “Ai, Deus, ele me odeia! Não vai rolar nunca!” e Ella joga a testa pra trás, implorando “cadê o tele transporte? Alguém me tira daqui!”. Respira fundo e quando volta sua cabeça pra frente, se vira para procurá-lo já engatando o carro. Mas ele ainda está ali. De frente pra Ella, mais perto do que antes, mais perto do que nunca. Assustada, tenta balbuciar alguma coisa, mas é interrompida por mãos que se afundam nos cabelos lisos que ela lavou naquela manhã. Ele fecha os dedos e a puxa para si. “ai, ta doendo! ai, não pára!”. Pega de surpresa, tenta respirar, mas perde o ar no beijo violento.
Represado há tanto tempo, só poderia ser uma avalanche. Sentia-se numa inebriante crise de asma. Buscando o ar, mesmo que rarefeito, só encontrava boca, saliva e o gosto reconfortante que vinha de dentro dele.

Perceberam-se brutos, instintivos. Tentaram diminuir o ímpeto, tentaram beijar-se com carinho, com brandura. Em vão. Atarracaram-se dentro do mesmo beijo.
Como se dependessem daquele vácuo para respirar. Como se daqueles lábios grudados surgisse força para sobreviver. Como se aquele beijo fosse um último sopro de oxigênio para ambos. E era.

Ella já sentia o rosto ardendo, esfoliado pela barba rala que ele insistia em deixar. Sentia o coração disparado e o nó de estômago que tanto procurava. Sentia gosto de sangue. Havia cortado a boca em algum momento do qual não se lembrava.

Ella já não era mais ela, já não era mais Ella. Era um misto de paixão e taquicardia. E medo.
Não soube, em minutos, o quanto durou. Sabia que deveria parar ali, mas que também precisava de mais. “Foi. Não devia ter sido. Não assim. O qué que eu faço agora?”.
Parou, pensou, raciocinou, racionalizou, mandou tudo a merda e o beijou de novo.

Ele a puxou com vontade. Ela pulou para o lado dele. Baixaram, não se sabe quem, o banco. E Ella percebeu que o caminho era sem volta.
E já que sabe, como ninguém, se arrepender -só- do que faz, ela seguiu em frente.
Sentia o corpo tremer, se contrair. “Fodeu. Isso não vai acabar bem. Ou vai, ou ahnnn, hum...” Percebeu-o excitado. Percebeu-se encharcada. não se conteve “me dá essa mão aqui. Ele precisa sentir o que fez comigo. Toma!”. E ofereceu-se. Ele a sentiu. E ele enlouqueceu. E beijaram-se novamente. De forma intensa e quase sexual. Praticamente um um sexo "oral”.

“Será que eu fiz certo? indo rápido demais. Tudo bem, não passo disso.”. E com toda essa ‘certeza’ desceu pelo pescoço dele.
Divertia-se ao ver aquele homem-modelo ofegante e descontrolado “who’s your daddy now?”.
Com o truque que conhecia, Ella abriu com os dentes cada botão da impecável, e já amassada, camisa branca.
“Daqui eu não passo. Eu sei o que estou fazendo. Eu sempre sei. Só vou me divertir mais um pouquinho... ai que maravilha, sem pelos no peito!” agradeceu, lambendo cada centímetro quadrado e escorregando a língua até o jeans italiano do moço.
Abriu o zíper, “só de brincadeira”. Parou para admirar a cueca branca preenchida. Sempre preferiu cuecas brancas.

Lembrou-se de que estavam na rua, olhou para os lados através dos vidros embaçados, viu a chuva cair insistente sobre o asfalto e confirmou que a madrugada era apenas dos dois. Olhou para ele, para aqueles olhos mortais que a penetravam até a alma. Ao menos um momento romântico...

Mas ela não estava mulherzinha, não estava ali para romance. Igual a um vampiro, já tinha sentido o gosto de sangue. E agora era tarde demais. “Eu bem ciente do que estou fazendo.”. E com a ‘certeza’ do que queria desde o começo, ela meteu-lhe a mão entre as pernas e ao primeiro gemido do rapaz, trocou sua mão pela boca.
Do jeito que fez, não demorou a acabar.

Com aquele conhecido bittersweet after taste na boca, ajeitou a blusa esgarçada e esticou a saia.
Beijou-o no rosto suado e abriu a porta. Ele, imóvel, ainda tentou segurá-la pelo braço, pedindo que ficasse. Queria retribuir, na verdade. “Não precisa. Não preciso”.

Ella já tinha conseguido o que queria.
E passou pelo portão, sem olhar para trás, com um sorriso largo nos lábios e uma lágrima escorrendo do olho. Certa de que, desde aquele momento, o perdera para sempre.



Trilha (no carro): Ella Fitzgerald
. Something's Gotta Give
. My Funny Valentine
. Bewitched, Bothered, & Bewildered
. I've Got My Love To Keep Me Warm
. The Lady Is A Tramp
. I Got It Bad (And That Ain't Good)
. Looking For A Boy
. I'm Getting Sentimental Over You
. You Leave Me Breathless
. People Will Say We're In Love
. Nice Work If You Can Get It
. Everytime Time We Say Goodbye

30/04/07

Grande Paulão...

"Isso de querer ser exatamente aquilo que a gente é ainda vai nos levar além".

leminski

20/04/07

The Bridges of Madison County

WE ARE THE CHOICES THAT WE HAVE MADE.

... this kind of certainty comes but just once in a lifetime....

01/04/07

I would look good on you...

we are the living proof
that two wrongs
do make a right.


01/04/07

139 km/h

eu tomei uma multa
na Bandeirantes
ouvindo Bowie no talo.

... valeu cada centavo.
: )

06/03/07

as vezes me sinto um Chocookie

pq sou branquinha...
e a cada dia descubro uma pinta nova no meu corpo...

If a had a tip for the future,
it would be: wear sunscreen!


08/02/07

gueisha


O coração morre lentamente,
perdendo as esperanças como folhas.
Até que um dia nada resta.
no hopes.
nothing remains...

... the rest is shadow,
the rest is secret.


28/01/07

cada um cos seus pobrema


odeio escrever lembrando que alguem pode estar olhando.
minha vida não é pública,
e isso aqui é a privada
para minha diarréia mental.

e não gosto de ir ao banheiro de porta aberta,
mas se é o único jeito,
que assistam,
pq minha natureza não nego,
e farei cagadas onde estiver!

*post referente ao desbloqueio não-intencional do meu blog anterior, que tornou pública a minha caixa de Pandora.

28/01/07

The something

today I've lost something
that I will probably
never get back
cos maybe, in fact,
this something
was never mine at all.

28/01/07

MENSAGEM A QUALQUER UM QUE ENTRAR AQUI


Os 10 mandamentos básicos aos curiosos q entrarem nesse blog:

1. não sei como bloquear essa porra! (já diria o ejaculador precoce)
2. não quero ver tolhida minha liberdade de escrever onde e quando eu quiser.
3. não ache q é pessoal. se eu tivesse algo pra lhe dizer já teria dito e se não disse é pq não era hora, ou pq eu ou vc não estamos preparados.
4. muitas coisas q escrevi já não sinto mais. não vivo de passado, mas ele me fez chegar até aqui, e por isso, não apago. deixa guardado.
5. se tiver dúvida ou curiosidade sobre algo q escrevi, eu sou a melhor (e única) pessoa com quem vc pode e deve falar sobre.
6. não crie hipóteses. eu sou um fato. fale comigo.
7. não copie nada. eu me supero. vc não.
8. estranhos are not welcome.
9. não sou simpática com invasores.
10. e se quiser ir adiante, o risco é exclusivamente seu.


*post referente ao desbloqueio não-intencional do meu blog anterior, que tornou pública a minha caixa de Pandora.


22/01/07

tudo novo, de novo.


Passei o Ano Novo no Rio.
by the book, fogos em Copa, BEP em Ipanema, Devassa no Leblon... tudo direitinho.
roupichas novas, astral renovado, Nam Thai, Gula Gula.
as velhas promessas...

confesso que me fascina aquela pobreza-maquiada-de-beleza do "eu-moro-no-morro", e com vista pro mar.
mas acho q não moraria lá...
nada tem de Europa (ui, eu e meu DNA "ariano") e não toleraria por mais de um feriado a falta de respeito do carioca.
é, mas talvez morando lá... e o ser humano se adapta... ou acaba extinto.
sei não... mas quem sabe eu desencanaria dos empurrões, de la mala educación, da sujeira e das pessoas espalhadas pelas calçadas. quem sabe eu desencanaria das pombas e dos ratos, dos gringos e dos pardos, da areia e do calor.
quem sabe eu seria mais leve, mais light. light como a comida das esquinas, light como o abdômem das mulheres-de-glúteos-empinados e seios siliconados.
well, I know it will never happen.
leve eu, nem-fu. light eu, só reencarnando.

talvez por isso o ano tenha começado torto. com after taste de flash black. de relacionamento, trabalho e coração.
sinto-me impotente.
e pago o preço por ser intensa.
e me consumo a cada dia em angústia e agonia que não domino.
porque os bons morrem cedo e há tempos não me sinto bem.

e viva Darwin!

21/01/07

quero ser um Big Brother!

claro que não desses realities.
hellow! sejamos puristas! estou falando sobre Orwell, essa coisa 1984, que tá mais para 2007!

ser um grande hermano é o sonho de consumo do mundo moderno. é pra isso que toda tecnologia está voltada.
a busca da onisciência e onipresença. a tentativa do Divino, do controle.

afinal, a começar do Orkut, seguimos por webcams, fotologs, wi-fi, celulares com câmera, portabilidade, plasmas, Lcds, palms, blackberries... tudo ao mesmo tempo agora. é o voyerismo elevado a potência n (n de non stop, de neverending).
não é permitido perder um segundo sequer do que está acontecendo. É a vigília 24/7.

eu tbém observo. não nego.
farejar faz parte do meu instinto.
mas... cade o caralho da privacidade???????????

hoje descobri que esse meu blog ficou disponível a mortais again...
caralho, caralho... não consigo ficar em casa de calcinha que já tem um intruso na janela... na janela virtual.

saco...
quero voltar a ser primata.
cansei de BB... BBB... o da Globo tbém.
BBB, Bundas re-Bolando Bestialmente.

e quero mesmo voltar a ser primata.
na caverna sem janelas e sem computador.
quero abraçar meu homo-erectus (homo-hetero, claro) e me esquecer do mundo lá fora.
e o mundo q me esqueça!

será que já rebloqueou?
ou vão "dar mais uma espiadinha..."

*post referente ao desbloqueio não-intencional do meu blog anterior, que tornou pública a minha caixa de Pandora.

19/01/07

cof, cof, cof... spleen!


me sinto como aqueles poetas, do mal do século, que morriam de tuberculose e continuavam escrevendo sobre escarros sangrentos...

os bons morrem cedo.
ai, e eu não to me sentindo bem...


29/12/06


e eu...

sómefodopontocomcerteza

22/12/06

one art

The art of losing isn't hard to master;

so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.

Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.

Then practice losing farther losing faster:
places and names and where it was your meant
to travel. None of these will bring disaster.

I lost my mother's watch. And look! my last or
next-to-last of three loved housed went.
The art of losing isn't hard to master.

I lose two cities lovely ones. And vaster
some realms I owned two rivers a continent.
I miss them but it wasn't a disaster.

Even losing you (the joking voice a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing is not too hard to master
though it may look like disaster.

Elisabeth Bishop

09/12/06

tudo que a gente faz é pra ver se come alguém...
(ótimo:)


A gente corta o cabelo

Pra ver se come alguém
A gente faz a barba
Pra ver se come alguém
A gente toma banho
Pra ver se come alguém
E até troca a cueca
Pra ver se come alguém
Tudo que a gente faz é pra ver se come alguém

A gente arruma emprego
Pra ver se come alguém
E a gente junta dinheiro
Pra ver se come alguém
A gente fica bêbado
Pra ver se come alguém
E ouve papo furado
Pra ver se come alguém
Tudo que a gente faz é pra ver se come alguém

Ha muito tempo sem trepar eu perco a dignidade
Tudo que a gente faz é pra ver se come alguém
Ha muito tempo sem transar e o desespero invade
Tudo que a gente faz é pra ver se come alguém
Tudo que a gente faz

A gente lava o carro
Pra ver se come alguém
A gente vai aos bares da moda
Pra ver se come alguém
E atura putis-putis
Pra ver se come alguém
Paga dez paus numa breja
Pra ver se come alguém
Tudo que a gente faz é pra ver se come alguém
(Velhas Virgens)


06/12/06

4ever young


será que é o avançar da idade que nos deixa patéticos?
uma busca inútil pela tentativa de parar o tempo?
ou um apego a crenças repaginadas?

seja o que for, é hilário e desnecessário.
e a cada dia aparecem novos casos de demência explícita...

primeiro os novos (ou ultra-passados) Mutantes no fantástico. sim, os Mutantes passaram mesmo por mutações. estão caquéticos e não são dignos mais de um respeito musical.
ah, antes disso, bob dylan "reloaded".
agora o ex-cat stevens, Yusuf Islam (!), com apologias muçulmano-light. é baby, it's a wild world.
e Pete townshend. pete who? o próprio. suposto pedófilo, ex-bissexual (ex-gay existe?), atual ateu e "do contra"...

onde vamos parar?

"Let's get togetherBefore we get much olderTeenage wastelandIt's only teenage wastelandTeenage wastelandOh, ohTeenage wastelandThey're all wasted!"
(Baba O'riley, Baba!)


26/11/06

just perfect!


I am feeling very warm right now

Please don't disappear
I am spacing out with you
You are the most beautiful entity that I've ever dreamed of

At night I will protect you in your dreams
I will be your angel
You worry so much about not having enough time together
It makes no difference to me
I would be happy with just one minute in your arms
Let's have an extended play together
You're telling me that we live to far to love each other
But our love can stretch farther than the eye can see
So how does this make you feel?

How does it make you feel?

Do you know that when you look at me, it is a salvation?
I've been waiting for you so long
I can drive on that road forever
I wish you could exist to live on my planet
Well it's very hard for me to say these things in your presence
So how does this make you feel?

How does it make you feel?

So how does this make you feel?

Well, I really think you should quit smoking

(how does it make you feel? air...)


23/11/06

never met mr. right

nunca conheci um homem que:

. fosse seguro sem ser arrogante,
. fosse bonito sem ser narcisista,
. fosse sensível sem ser fraco,
. tivesse bom gosto sem ser gay,
. assistisse os desenhos animados que amo, os clipes que adoro, os filmes que chorei,
. ouvisse Nina, Billie e k.d., Smiths e Pixies, EBTG e ETB, Cohen e Cave, Miles e Clash e ainda soubesse que James não é uma pessoa só.
. gostasse de kandinsky, van eyck, magritte e klimt,
. escrevesse cartas de amor ridículas,
. soubesse cantar músicas americanas antigas e bregas, just for fun,
. comesse vegetais e se preocupasse em ser saudável,
. me trouxesse café na cama e cuidasse de mim,
. me desse um arrepio na espinha só de me tocar,
. gostasse do que sou e não do que ofereço,
. me dissesse verdades q mereço,
. soubesse quem realmente sou...
e ainda assim, me amasse.

é, o cara perfeito não existe.
ou existe, e ninguém me apresenta.
ou só existe na minha cabeça...
é, ao menos em algum lugar...


é, magoada.
e sem ilusões.

18/11/06

size matters

"don't want no short dick man!"

não, não falo da centimetragem do dito cujo, mas sim de homens determinados, que põem o pau na mesa.
de homens de atitude, que decidem, agem e dão soluções ao invés de babar.

q saco! to cansada de fraldas!
show me your big cock, and fuck me hard & tenderly.
be a man!

ps: sim, o tamanho do dito importa tbém. e muito!

18/11/06

nice guys finish last


whatarrel!

contabilidade do dia.
o que tenho no momento:

. uma separação iminente de um relacionamento falido,
. vontade de falar horas com ele. sim, com outro,
. ansiedade e um nó no estômago,
. vontade de nunca mais trabalhar,
. fome,
. uma geladeira vazia, com um Häagen Dazs congelado e uma Clicquot que ele nunca mais apareceu pra tomar comigo,
. tenho roupa pra lavar,
. uma espinha na bochecha,
. os cabelos curtos e inveja da Monica Bellucci,
. tenho vontade de sair com meus amigos e preguiça de ligar,
. pouca paciência e uma inércia vegetativa.

claro, tudo se resolveria se ele estivesse aqui. e está. mas não está.
estaríamos rindo, falando com aquela cumplicidade ímpar, com toda certeza de que fomos feitos um pro outro.
ele mataria minha fome, meu desejo louco de tê-lo, beijá-lo, bebê-lo.
e eu me sentiria a mais perfeita e completa criatura q ele já tocou.
tudo se resolveria se eu o tivesse.

e o que tenho no momento é sono, mas não vontade de dormir.


"On to the floor at dawn with lips taught and drawn
Sleepless nights I've spent with angels heaven sent
Stay with me, lay with me, lay down by my side
Stay with me, lay with me, take me deep inside
Lay with me, stay with me, lay with me
Stay.. with me
Stay.. with me"

18/11/06

conforto

lembrar que ele existe acalma meu coração.

16/11/06


Deus, dai-me...

um sinal
paciência
paz no meu coração
uma luz, uma definição
calma
fé.

I'm a believer.

amém

14/11/06

se faz, se paga (a contabilidade Divina não falha...)

mas ô Deus, será que dá pra arredondar pra cima?!
obrigada.


06/11/06

tão piegas... tão verdadeiro.

não se case se vc quiser ser feliz.
só se case se vc quiser fazer alguém feliz.


06/11/06

push the botton


eu não sei QUEM FUI, ONDE estou, nem pra onde VOU.
só sei QUEM SOU. O QUE sou. e o QUE quero.

tenho vaga idéia DO QUE fui. do que poderia TER SIDO melhor, de quando FUI FODA, de quando fui NADA.

não sei aonde tudo isso vai me levar. nem exatamente o que me trouxe até aqui.
mas tenho perfeita clareza do AGORA.
e quase também de ONDE quero estar.

tenho certezas...
mas talvez preferisse a escuridão.
pois ai, a dor da privação não seria tão tangível.

tudo parece certo.
pronto para acontecer.
mas CADÊ o botão do PLAY???

and I wanna play.
onde é q eu aperto?
onde é q eu assino?

06/11/06

o que eu quero de aniversário

Champanhe e falar com ele o dia todo.
Tudo junto. E só.

Já sei... não vai acontecer.


01/11/06

segredo. shhhhhhhhhhhhh

Sempre quis, e nunca tive:
... uma festa surpresa...
: \
Olha, não foi por falta de tentativas. Alguns foram bem-intencionados. But no one was good enough. pq eu sempre descobri antes. (eu não suportaria alguém fazendo algo pelas minhas costas. mesmo q algo “do bem”). Aí, acho q desistiram...

E paguei o preço.


(mas amo surpresas. as boas, claro.)


31/10/06

Gatos anti alérgicos

Descobri q existem gatos anti alérgicos. Sim, não é brincadeira. Alguns gatos provocam menos alergia q outros (even dentro de uma mesma raça). Eles são cruzados e geram gatos, cuja proteína presente no pelo, a q desencadeia a alergia, aparece ainda em menor quantidade.
Eeeeeeeeee. Eu tenho esperança!


31/10/06

A bela adormecida tinha nome?

Eu estava resignada. Conformada que viveria para sempre sem você. Achando sim que tinha sonhado demais. quase aceitando o que tenho da forma como tenho, achando q até poderia ser feliz assim.
E fui dormir.

Acordei as 7:29. olhei para o teto, para o lado, quis não acordar. E como não havia pq levantar, resolvi voltar a dormir.
Só q sonhei. E com vc. E como sempre aqueles sonhos diferentes dos sonhos comuns (course, tudo com vc não é em nada nunca comum). De tão real, qdo acordei ainda sentia teu toque, teus olhos se infiltrando por mim.
Quero registrar o q vi, pq pedi um sinal pra saber se deveria me esquecer de ti.
E bingo! Por sina, e vontade do além, u r unforgetable.

... eu estava em algum lugar, q mais parecia a Toscana, mas era algo entre Rio e São Paulo, bem isolado. Havia uma feira nessa cidade, com muita gente pelas ruas. A fotografia era amarelada, com muitas videiras (ou vegetação parecida). E ruas de terra e pedras.
Eu tava sozinha em um canto. E te vi ao longe, de casaco Adidas vermelho (de onde tirei isso?!). Mas não me mexi. E vc veio falar comigo. E de novo, como se o mundo não existisse, ficamos conversando. Primeiro sobre trabalho e amenidades. E ai, vc me puxou em um canto, como se tivesse um segredo pra mim. E de dentro da sua pseudo-timidez, vc ficou me enrolando pra falar. E por fim pôs a mão na minha cintura (maldita mão na cintura). Um pouco sentado, de lado pra mim, eu em pé. Um “L” perfeito.
E vieram me chamar, e comentavam de nós, comentavam de mim... e vc não falava nada, mas não me deixava sair dali e fisicamente (ai, tua mão) me segurava. E eu via a cena de fora. E presa pela cintura, pelas suas palavras não ditas e sua mão maldita.
E de tanta gente vindo incomodar, eu decidi acordar! Ups! Sonho?
E vc desistiu de falar, sorriu com os olhos. Saiu devagar. E me deixou ali.
Antes de sumir fez um sinal. Com as duas mãos apertadas, viradas pra cima, e depois abriu, como se me oferecesse algo...

Arregalei os olhos com susto, e coração disparado. 8:30 sharp. Olhei para cima e para o lado. Deja vu.
me arrependi de não ter aguentado a pressão. Queria dormir pra sempre.

31/10/06

olheiras dignas


sim, olheiras dignas de quem dormiu pouco e quase nada,
de quem não aproveitou os travesseiros do hotel 5 estrelas,
dignas de quem lavou de saquê um fígado intoxicado de ira,
de quem "dancei w/ myself", even w/ everyone around, all night long.
dignas do lápis borrado no olho, da gótica que um dia viveu aqui dentro.
da vegetariana convicta, comendo carne há dois dias, com sededessangue.
dignas de quem não dorme, mas sonha... com alguém digno de mim.

sim, ta tudo uma bagunça, ta tudo errado, ta tudo atrasado,
mas são olheiras de dignidade,
de um trabalho bem-feito, de um conselho perfeito, de uma alma bem-resolvida.
e por fim, tenho orgulho de mim.

agora vou dormir.
(as olheiras passarão,
e o sentimento, passarinho, é perene.)

24/10/06

assombração!


como ousa vc...
se meter com minha vida e tirar minha paz?
achar q me conhece? (e, sim, me conhecer como ninguém mais)
fazer joguinhos q eu desprezo? (claro q vc não sabe, mas eu percebo)!
ir e voltar qdo lhe convém, mas estar sempre aqui,
provocar minha ira com seu lado nobre,
e me olhar, me despindo de roupas e armas, como se não houvesse mais ninguém ao redor?

como pode vc...
me fazer um carinho por dia, me trazer tanta alegria, enquanto me mata lentamente?
parecer perfeito, e sem o ser direito, conseguir o meu perdão,

como se atreve...
a ficar me provocando, me entristecendo e me ressucitando?
a ser forte e sensível, geral e detalhista, pulverizado e intimista?
a me mostrar tudo q eu queria e sem nenhuma cortesia deixar o tempo passar?

how do u dare...
tirar meu sono, minha fome, my breath away?
ser onipresente, me fazer te esperar, e sorrir sem avisar?
entrar em meus pensamentos e sonhos, provocar minha imaginação?
me tratar com carinho e sussurrar baixinho pra falar com meus "inner demons".
me tocar com doçura, me pegar pela cintura, como se não houvesse consequências.


e eu q estou com outra pessoa,
me pego a toa me culpando por te trair, sem te tocar,
vc q nunca mencionou fidelidade, mas só quer a verdade q não consigo te dar.


e o pior é q tenho q confessar q desde q vc (re)apareceu, td vem mudando.
e eu não sou mais a mesma.
não mais a q eu deveria ser.


me liberte, não me atenda, não responda, não seja.
don't breathe, don't make any move, anymore...
otherwise, I will fall (desperately) in love!




... hum, may be... too late.

18/10/06