segunda-feira, 25 de junho de 2007

banho de gata

Eu odeio tomar banho!
E que fique claro antes de eufemisticamente me chamarem de francesinha imunda: eu adoro a sensação de limpinha que o banho me dá. O que odeio mesmo é o processo. Todo ele.
Eu até tenho um dedinho hippie, mas só na alma.
Explico-me:
Inverno. Na maioria das vezes tomo banho de manhã. Já é um parto sair da cama e pensar em tirar a roupa toda. Aí, eu ligo o chuveiro e politicamente incorretíssima, na contramão de toda onda SPFW, deixo a água fervendo cair... para esquentar o azulejo =) na esperança de acumular um pouco de coragem antes de me enfiar lá embaixo. Ready, steady, fui!
Fico em choque. Uns vários minutos tentando acertar a temperatura. E o ombro esfria, e as costas gelam, e a bunda congela. Ai sufoco!
Passada a aclimatação, shampoo. Repassa. Condicionador. Pausa para efeito. Repassa. Fase 1 completed.
Mas ainda não chegamos à metade. Porque tem a hora dos saboneteS.
Sim, o primeiro pro rosto, costas, peito. O segundo, líquido e específico (aquele, do PH). O terceiro para resto do corpo, com exceção dos pés, que exigem um quarto, esfoliante.
Finda a parte úmida, abre-se o box, a janela e mente para o ar gelado que adentra o recinto.
A parte mecânica: tira cabelo da parede, põe chinelo, penteia o cabelo, seca o cabelo, desodorante, e a saga dos hidratantes se inicia. 11 diferentes, ocean's eleven: 1. olhos, 2. boca, 3. rosto (com FPS), 4. pescoço e colo, 5. seios (óleo), 6. seios (creme), 7. barriga, 8. braços e pernas, 9. pés, 10. mãos, 11. cabelo.
Quando toda essa besuntação termina, estou liberada pra me trocar e sair.

E pronto, lá se foi 1 hora mal gasta do meu dia. No mínimo.
Ou seja, tomar banho é perda de tempo. Desde pequena eu queria inventar essa pílula. Do banho. Não consegui. Confesso, tentei pouco. E sobrevivo. Xingando com veemência minha rotina diária. Ou quase ; )

Sugestões para otimização? Aceito.