terça-feira, 19 de junho de 2007

o homem que enlouquece as mulheres. (?)

Eu conheço um cara assim. Que deixa as mulheres loucas. No mal sentido.
Mesmo, loucas: uma tenta se matar, a outra liga 90 vezes em 2 horas (perceba, não é uma hipérbole) e outra passa um ano em uma clínica de repouso.
Essas são das que sei. Fora aquelas que ele não me contou, mas que devem existir. Ah devem (ou não mais pois tentaram o suicídio e conseguiram).
Bom, o fato é que quem bebe dessa fonte, surta.

Aí, a pergunta: como ele faz isso?
Não sei se ele já racionalizou sobre (também porque não deve ser nada propositado).

Claro que there's something about him, or about the kind of woman he attracts or even the women that attract him. Seriam todos predispostos à insanidade? May be. Somos todos um pouco.
Mas endoidecer alguém não é um dom (atrair ensandecidos sim).
Porque na verdade, o cara é só o "meio", um mero agente. Deflagrador do caos, ele é o estopim de um processo já em andamento.
O importante é saber a origem da pólvora. I mean, sabendo a causa, poderíamos ter a vacina.

E assim, a pólvora:
O fato é que a comunicação entre Marte e Vênus sempre foi analógica, cheia de telefones-sem-fio. E mesmo sem intermediários, o que é dito não é o que se entende.
Mulheres são imaginativas, fantasiam, fertilizam, ampliam. Se querem ouvir "A", e o male diz "B", elas, autisticamente, entendem "BAAAAAA" (e o residual é só o AAAAAA).
E o homem, na ânsia heróica de salvar a princesa dos demônios (e course, comê-la no final) mete o pé pelas mãos, mete outras coisas também, e quando ela está lá, em seus braços, ele não sabe o que fazer e a joga no chão. Depois pede perdão. Depois tenta dizer "seria melhor se fossemos só amigos". E gagueja. E ela só entendendo o AAAAAAAAAAA. E no meio do abalo sísmico eles transam de novo. Aí fodeu.

Eles amam ar-condicionado. Nós não suportamos choque-térmico. Um dia querido e quente, no outro distante e gélido. "If u wanna warm me up, be the hottest guy I've ever met", mas se vai esfriar, que seja crioterapia nitrogenada. E jamais descongele. A variação climática mata a mulher.

Nascemos com DNA de Exupéry. Pequenas princesas que uma vez cativadas devem se cultivadas. E aí, a indignação na célebre frase "como VOCÊ pode fazer isso comigo?!!".
Plaft! Acordemos para a vida, queridas! As Simones de Beauvoir que me perdoem, mas Freud tinha lá suas razões sobre o "hyster". Nós e nossos úteros eufóricos, a beira de ataques de nervos. A histeria fisica esperando pela combustão. Resumindo: não provoquem. É cor-de-rosa-choque-elétrico.
É isso: sexo oposto, se não querem banana, não mexam no cacho.

Sim, mulheres, devemos idealizar menos, educar os ouvidos à literalidade masculina (wake up, if he didn't call, he's not in to u!) "Use your mentality, wake up to reality". Menos ficção, mais auto-estima.
E queridooos men, pensem duas vezes antes de se renderem ao desejo momentâneo. Atos têm conseqüências (e uma ação igual em sentido contrário). A dor-de-cabeça pode ser coletiva. E quando quiserem dizer algo, realmente digam e certifiquem-se que está compreendido por ambos. Combinados não saem caro (só os de sushi e sashimi).

PS: E quanto àquele que enlouquece, eu o absolvo, my dear.

Enfim, não há culpados. Apenas diferenças de expectativas.